É muito difícil votar contra a PEC Kamikaze, diz deputado Enio Verri (PT)
Deputado afirmou também que Bolsonaro vai contra ao seu ideal de respeitar o teto de gastos
O deputado petista Enio Verri, em entrevista à CNN, afirmou ser muito difícil votar contra a PEC Kamikaze, pois, é uma política voltada a auxílios do estado para a população “e o Partido dos Trabalhadores luta contra a fome e por salários mais justos… não dá para votar contra os interesses da população”.
Mas ele ressalta que “a PEC é eleitoreira; o presidente [Jair] Bolsonaro não tem sensibilidade social”. A justificativa usada pelo político é que uma ação de inclusão social, não pode ter prazo determinado.
Nesse sentido, o primeiro aspecto que Verri afirmou lutar é transformar as políticas da PEC com caráter indeterminável – semelhante ao que foi feito com o Auxílio Brasil.
“[Bolsonaro] faz uma política que atende o desespero do povo, mas mostra muito mais o seu desespero, em preocupar-se com a sua reeleição e, principalmente, mostra sua insensibilidade [com a população]”, diz o deputado ainda. “Ao apresentar a PEC, [o presidente] destrói toda sua tese de respeito ao teto de gastos”.
PEC Kamikaze
O Senado Federal aprovou, nesta quinta-feira (30), a nova versão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis, que prevê o reconhecimento do estado de emergência em 2022 no país e um pacote de R$ 41,25 bilhões em auxílios.
Dentre os principais pontos do texto, está a criação do auxílio de R$ 1 mil a caminhoneiros e um auxílio ainda sem valor definido a taxistas.
Além disso, o projeto amplia o Auxílio Brasil para, ao menos, R$ 600 mensais e o vale-gás para cerca de R$ 120 a cada dois meses. Essas medidas serão válidas até 31 de dezembro deste ano, segundo o texto.
O texto também incrementa em R$ 500 milhões a verba para o programa Alimenta Brasil, de compra de alimentos de pequenos produtores e povos indígenas, entre outros, por parte de órgãos públicos.
Outro auxílio criado foi para motoristas de táxi profissionais registrados, de valor ainda a ser definido. A verba total para esse auxílio será de R$ 2 bilhões. O cálculo de quanto cada taxista receberá e a quantidade de parcelas pagas deverão ser regulamentados pelo Executivo, considerando o número de beneficiários habilitados.
O benefício será concedido entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2022. Para recebê-lo, os taxistas precisarão apresentar documento de permissão para prestação do serviço emitido pelo poder público municipal ou distrital.
Por fim, o texto concede suplementação orçamentária de R$ 500 milhões ao Programa Alimenta Brasil.
*Com informações de Luciana Amaral, Gabrielle Varela e Larissa Rodrigues, da CNN, em Brasília