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    Cid diz que Bolsonaro pediu um cartão de vacina falso para ele e a filha

    Tenente-coronel disse que o ex-presidente não pediu a falsificação de comprovante para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro porque ela teria tomado o imunizante

    Isabella Cavalcanteda CNN , Brasília

    O tenente-coronel Mauro Cid falou em delação premiada que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu um comprovante falso de vacina de Covid-19 para ele e sua filha mais nova.

    Cid, em 2021, solicitou que fabricassem um certificado falso do imunizante para ele e a esposa. Quando comentou com o então presidente sobre o esquema, Bolsonaro teria dito: “‘Faz pra mim também’. Tudo para ele, pedindo para ele”.

    Bolsonaro, na versão do ex-ajudante de ordens, teria pedido também para forjar a vacina da Covid-19 apenas para sua filha, porque a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro teria tomado o imunizante.

    Ao descobrir a trama, o então assessor do político do PL, Marcelo Câmara, “pegou o cartão [de vacina] do bolso do presidente e rasgou. Ele imprimiu… Aí eu pedi para o Ailton [Barros] tirar [do Conecte SUS] o dele e o da Laurinha”.

    Dias depois, Cid disse ter recebido uma ligação de Wagner Rosário, então ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).

    O tenente-coronel contou que Wagner perguntou se Bolsonaro tinha se vacinado, porque havia um registro de imunização no nome do ex-presidente em São Paulo.

    “Fiquei na dúvida, era outro campo, não era São Paulo. Ele não se vacinou. Foi aí que o CGU começou a entrar para ver esse de São Paulo, que não tem nada a ver com a gente”, citou Cid.

    “Foro íntimo”

    O ex-ajudante disse não ser contra as vacinas no geral, “mas eu fui contra a vacina da Covid, nunca acreditei”.

    Segundo ele, a decisão de não se imunizar foi de “foro íntimo” dele e dos demais envolvidos na fraude por “não acreditar na segurança da vacina”.

    Cid ainda alegou que não havia motivo específico para forjar o cartão, mas era uma medida de precaução para “uma necessidade genérica”.

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