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    Cid em delação: Se fosse designado, trataria Lula como tratei Bolsonaro

    Tenente-coronel falava sobre hierarquia militar para justificar sua percepção acerca da possibilidade de as Forças Armadas aderirem a um golpe de Estado

    Da CNN

    Durante um dos depoimentos de sua delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, afirmou às autoridades que trataria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da mesma maneira que tratou o ex-mandatário, caso fosse designado para a função.

    Segundo Cid, o comportamento seria inerente a um militar.

    “Então se um general não der ordem, cara pode estar querendo, mas não vai fazer. E vou dizer mais, vai prestar continência para o Lula? Vai. Vai tratar o Lula igual tratou o presidente? Vai, porque é nosso…”, afirmou.

    E complementou: “Se eu fosse designado para ser ajudante de ordens do Lula, eu ia tratar o Lula igual eu tratei o presidente. É nosso, por mais que eu não gostasse, poderia estar me corroendo por dentro, mas minha função é essa e é isso que vou fazer”.

    O tenente-coronel falava às autoridades sobre sua percepção acerca da possibilidade de as Forças Armadas aderirem a um golpe de Estado, alegando que os militares são “muito” hierarquizados.

    A colaboração de Cid foi uma das peças que embasou a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra 34 pessoas por suposta tentativa de ruptura democrática.

    Veja o que disse Mauro Cid:

    “As pessoas estavam indignadas, estavam se sentindo lesadas, alguma coisa, mas dali para aquilo virar um golpe eu acho que tinha muita coisa…. 

    A minha geração do Exército, ela é diferente de uma geração de 1964. A minha geração é fruto de uma geração pós 64, que se prendeu dentro dos quarteis, politicamente, se afastou da política e voltou um pouco não ao cenário político, mas a discutir política, com o general Villas Bôas.  

    Mas dali para ter iniciativas é difícil, porque a gente é muito hierarquizado. Então se um general não der ordem, cara pode estar querendo, mas não vai fazer. E vou dizer mais, vai prestar continência para o Lula? Vai. Vai tratar o Lula igual tratou o presidente? Vai, porque é nosso… 

    Se eu fosse designado para ser ajudante de ordens do Lula, eu ia tratar o Lula igual eu tratei o presidente. É nosso, por mais que eu não gostasse, poderia estar me corroendo por dentro, mas minha função é essa e é isso que vou fazer.” 

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