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    Grupo que matou ciclista tem envolvimento em morte de delegado, diz polícia

    Polícia descobriu que os criminosos operavam em um "circuito" que vai da comunidade do Paraisópolis até regiões nobres da capital paulista

    Rafael SaldanhaBeto Souzada CNN

    A Polícia Civil de São Paulo descobriu que a quadrilha envolvida na morte de um ciclista, no bairro do Itaim Bibi, na última quinta-feira (13), é a mesma envolvida no assassinato do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, de 32 anos, morto no dia 14 de janeiro, na rua Amaro Guerra, em Santo Amaro, zona Sul de São Paulo.

    As investigações começaram a partir do homicídio de Belarmino, e culminaram após uma complexa investigação, chegando nos mesmos autores do roubo que resultou no assassinato do ciclista Vitor Felisberto Medrado no Parque do Povo, segundo a polícia.

    A quadrilha, composta por sete a oito indivíduos, realizava assaltos em bairros como Itaim Bibi, Campo Belo e Santo Amaro. Utilizando motos com placas adulteradas, o grupo partia da comunidade de Paraisópolis para cometer os crimes e depois retornava ao local.

    Sobre as investigações

    O delegado revelou que as investigações utilizaram de um levantamento feito por satélites, que monitorava celulares e cartões de crédito, indicam o esquema que envolvia o roubo e furto de dispositivos móveis. Eles eram comprados por uma mulher que financiava a prática, a partir da compra e revenda desses produtos. A polícia civil prendeu, nesta terça-feira (18), a responsável pelo financiamento dos crimes.

    “Nós estávamos atrás da morte do delegado e o leque foi abrindo e acredito que possa aumentar mais ainda”, disse o delegado do caso.

    Polícia Civil chegou ao nome e apelido dos supostos autores, e também que celularesbolsas e outros pertences eram vendidos para a suspeita, já presa anteriormente pela mesma conduta. Após a coleta das informações e em conjunto com o DEIC, a Terceira Seccional do Decap e o 25° DP (Distrito Policial), a polícia chegou até a mulher, presa em flagrante.

    As investigações apontam que o armamento, encontrado em sua casa, pode ter sido utilizado na morte do delegado e do ciclista. Com base nas investigações conduzidas e a troca de informações com equipes de outros distritos, existe a possibilidade da mulher estar envolvida com a morte tanto do delegado quanto do ciclista, segundo a polícia.

    A suspeita confessou ser dona do armamento, do capacete e dos celulares, porém negou fometar o crime, alugando ou cedendo armas em troca de objetos roubados. Ela está sendo indiciada por receptação, posse ilegal de arma e adulteração de placa de moto.

    A pericia balística, ainda a ser realizada, poderá confirmar se as armas apreendidas foram usadas nos crimes. Também serão periciados os 18 celulares apreendidos. A polícia também trabalha com a possibilidade de haver outro receptador em Paraisópolis.

    “Trata-se de uma suspeita muito forte, a perícia vai ser feita ainda, porque hoje apreendemos as armas”, completou o delegado.

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