Por onde anda Júlia Almeida, filha de Manoel Carlos, fora da TV há 14 anos
A última aparição da atriz em uma novela completa foi em 2011, em "A Vida da Gente", já em 2015, ela fez uma participação especial em "Tempo de Amar"
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Conhecida por suas atuações em novelas como “Laços de Família” (2000) e “Mulheres Apaixonadas (2003), a atriz Júlia Almeida, 42, vive a vida longe das telinhas.
Sua última aparição em uma novela completa aconteceu em “A Vida da Gente” (2011). Já em 2017, a artista também fez uma participação especial em “Tempo de Amar” e, desde então, vem se dedicando a projetos paralelos.
Filha do renomado autor Manoel Carlos, 91, Júlia explicou ao canal Boa Palavra, no YouTube, o motivo de seu afastamento, com destaque para o incômodo por ter seu nome associado a potência do pai.
“Teve uma época que tive uma revolta muito grande de ser Júlia, filha de Manoel Carlos, de ter um nome atrelado à sombra de uma pessoa. Fui vendo que isso não precisava. Sou filha do Manoel Carlos. É óbvio, é meu pai. E fui descobrir recentemente que fiz mais novelas sem ser do meu pai do que do meu pai”, desabafou.
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A atriz também recordou o quanto foi afetada no início da carreira. “Quando você tem 19, 20 anos, isso incomoda. Porque você está num processo de amadurecimento. E eu sempre fui muito apressada. Imagina isso quando você é mais jovem, na televisão, já ter sido exposta, tendo sinais desde nascença, está numa novela das oito, ser filha do Manoel Carlos, é muita coisa para uma pessoa. Não estou falando: ‘Ah, coitadinha de mim’. Estou falando o que se passava na minha cabeça. Então, eu ficava com raiva”, acrescentou.
“Eu falava: estou aqui fazendo o meu trabalho, eu também acordo às 3 horas da manhã. Era uma coisa injustiça comigo, e fui trabalhando isso na minha cabeça. Então, eu dei uma afastada. Eu tinha muita dedicação por aquilo, muito amor, mas começou a me irritar o que vinha de fora. O externo, que hoje em dia não me incomoda tanto, não vou falar que não me incomoda mais, me incomodava demais. E aí a vida aconteceu, conheci meu ex-marido, casei, fui morar fora. Fiquei dez anos fora. Fui viver minha vida fora do Brasil, que foi muito importante até mesmo para ver se queria ou não voltar a ser atriz”, detalhou.
Em 2017, Júlia deu início a carreira de empreendedora e criou a Florita Beachwear, uma marca de moda focada em itens sustentáveis. Recentemente, a atriz também assumiu o controle da Boa Palavra, produtora criada por Manoel e sua esposa, Elisabety, em meados de 2005, onde desenvolveu o documentário “O Leblon de Manoel Carlos”, para preservar a obra do autor.