Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    CNN Brasil Money

    Dólar cai 0,7% na semana, a R$ 5,79, após payroll nos EUA; bolsa recua 1,2%

    Mercado repercutiu a divulgação dos dados da criação de vagas de trabalho nos EUA, que desacelerou mais do que o esperado em janeiro

    Da CNN*

    O dólar à vista inverteu o sinal e fechou em alta ante o real nesta sexta-feira (7), à medida que os investidores analisam a divulgação do relatório de emprego de janeiro nos Estados Unidos, que pode moldar a trajetória da taxa de juros.

    No término da sessão, a divisa norte-americana à vista registrou ganhos de 0,48%, a R$ 5,79268 na venda. No acumulado da semana, a moeda marcou uma queda de 0,73%.

    Na quinta-feira (6), o dólar à vista fechou em baixa de 0,49%, a R$ 5,7649, a menor cotação desde 18 de novembro do ano passado.

    Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, fechou em baixa de 1,27%, aos 124.619,40 pontos, após oscilar entre altas e baixas pela manhã, acumulando na semana uma queda de 1,2%.

    Payroll nos EUA e conflito comercial

    Nesta manhã, todas as atenções dos mercados globais estavam voltadas para a publicação de dados de emprego da maior economia do mundo, uma vez que buscam indícios sobre o espaço que o Federal Reserve ainda possui para reduzir a taxa de juros, após os membros interromperem o afrouxamento monetário em janeiro.

    A economia dos EUA abriu 143 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, após 307 mil em dezembro em dado revisado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira.

    A moderação nos ganhos de empregos também marcou um ajuste após o desempenho forte de dezembro.

    Economistas esperavam que a pesquisa mostrasse criação de 170 mil vagas, com as estimativas variando de 60 a 250 mil. O relatório foi distorcido por revisões anuais, novos pesos populacionais e atualizações dos fatores de ajuste sazonal, o modelo que o governo usa para eliminar as flutuações sazonais dos dados.

    No entanto, a narrativa do mercado de trabalho saudável permaneceu intacta até janeiro, com a taxa de desemprego em 4,0%. Ela não é diretamente comparável à taxa de 4,1% de dezembro devido aos novos controles populacionais, que só se aplicam aos relatórios de janeiro e aos próximos, o que significa uma quebra na série.

    A média de ganhos por hora aumentou 0,5%, após ter subido 0,3% em dezembro. Os salários aumentaram 4,1% nos 12 meses até janeiro, de 4,1% em dezembro.

    A resiliência do mercado de trabalho é a força por trás da expansão econômica e deu ao banco central dos EUA espaço para pausar os cortes na taxa de juros enquanto as autoridades avaliam o impacto das políticas fiscais, comerciais e de imigração do governo do presidente Donald Trump, consideradas pelos economistas como inflacionárias.

    O Fed deixou sua taxa de juros de referência inalterada na faixa de 4,25% a 4,50% no mês passado, após reduzi-la em 100 pontos-base desde setembro, quando iniciou seu ciclo de afrouxamento monetário.

    Para além do relatório de emprego, os mercados ainda aguardam novas notícias sobre o atual impasse comercial entre EUA e China, depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, impôs uma tarifa de 10% sobre os produtos chineses nesta semana, o que gerou retaliação por parte de Pequim.

    Trump havia imposto também tarifas de 25% sobre México e Canadá, mas suspendeu a medida por 30 dias na segunda-feira (3) após os líderes dos dois vizinhos prometerem um controle mais rígido de suas fronteiras com os EUA.

    Na cena doméstica

    Investidores analisavam comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que concedeu entrevista à Rádio Cidade, de Pernambuco, mais cedo. Ele afirmou que políticas do governo para levar o dólar a um “patamar mais adequado” terão reflexo em preços nas próximas semanas.

    Na véspera, comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram mal recebidos pelo mercado, com o chefe do Executivo afirmando que a inflação está “totalmente controlada”, apesar de números recentes que colocaram o nível da alta dos preços acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central – de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

    Serasa: brasileiros demoram a fazer plano financeiro de aposentadoria

    *Com informações da Reuters

    Tópicos