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    MP denuncia 12 pessoas de ONG ligada ao PCC

    Entidade foi alvo de operação policial no dia 14 deste mês

    Ana Julia Bertolaccinida CNN* , em São Paulo

    O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou na última segunda-feira (27) 12 pessoas ligadas à ONG Pacto Social e Carcerário, que é investigada por ter suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

    Dirigentes da entidade foram alvo de uma operação policial no dia 14 deste mês. Na ocasião, a presidente da ONG, Luciene Neves, e o vice, Geraldo Salles –que é marido dela– foram presos.

    O MP informa que as investigações contra o grupo começaram há cerca de três anos e se baseiam em cartões de memória apreendidos com uma visitante na penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.

    “A análise do material, juntamente com manuscritos de detentos, revelou a estrutura da organização criminosa, que conta com setores especializados denominados “gravatas”, “saúde”, “financeiro” e “reivindicações”, diz o MP.

    Segundo as investigações, os chamados “gravatas”, que são advogados, “desempenhavam um papel estratégico, fornecendo assistência jurídica e gerenciando outras áreas do PCC”. “Já o setor ‘saúde’ recrutava médicos e dentistas, que, muitas vezes sem saber, realizavam procedimentos incluindo intervenções cirúrgicas e eram pagos com recursos provenientes de práticas criminosas gerenciadas pelo ramo ‘financeiro’.”

    Ainda conforme o MP, foi identificada a área de “reivindicações”, que era “responsável por ações judiciais fraudulentas, manifestações populares e denúncias infundadas, registradas com o objetivo de enfraquecer o sistema de justiça criminal e influenciar a opinião pública contra o Estado”.

    A CNN tenta contato com representantes da ONG para comentar a decisão do MP. Na época da prisão dos dirigentes, a entidade negou irregularidades em sua atuação.

    “É importante esclarecer que a nossa ONG atua de forma transparente e legal, sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela busca de soluções para os problemas enfrentados por detentos e suas famílias”, disse a ONG, à época.

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