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    Qual a espécie de piranha que atacou banhistas em SP; entenda

    Segundo o biólogo Fernando Magnani, o peixe pode ter surgido devido às recentes alterações ambientais que ocorreram na região da represa do Broa

    Carolina FigueiredoYasmin Oliveirada CNN* , em São Paulo

    Seis pessoas foram atacadas por piranhas na represa do Broa, no município de Itirapina, a cerca de 79 quilômetros de Piracicaba, interior de São Paulo, no último final de semana. A prefeitura da cidade ressaltou que está tomando as devidas providências para evitar novos ataques.

    De acordo com o órgão, sobre as vítimas, que eram todas turistas, dois receberam socorro da Defesa Civil e foram encaminhados para o Hospital São José, enquanto os outros foram socorridos por meios próprios.

    A prefeitura anunciou que sinalizará as áreas restritas, garantindo assim, que os visitantes sejam informados e possam desfrutar da natureza com segurança.

    Segundo o biólogo Fernando Magnani, é possível que o peixe que tenha ocasionado esses ataques seja da mesma espécie que pescadores da região estavam capturando na represa, no caso a Serrasalmus maculatus, que de acordo com o especialista, é uma piranha que aparece em boa parte do Brasil e em várias bacias hidrográficas, mas não é natural das regiões de São Carlos, Itirapina, Brotas, sendo uma espécie que se está instalada, é invasora nativa.

    O especialista explica que a espécie pode ter surgido devido às recentes alterações ambientais que ocorreram na região da represa, como, por exemplo, alteração através da introdução de espécies exóticas, como a tucunaré, conhecida popularmente como tilápia.

    “Esses peixes tendem a ser mais prolíficos, reproduzirem com mais rapidez e ocupam mais o ambiente”, ressaltou o biólogo.

    Ainda de acordo com Fernando, esse tipo de situação muitas vezes acontece pelo fato do banhista, que de forma inadvertida acaba entrando na região onde o animal está nidificando, ou seja, construindo um ninho, no local onde ele tomou como território e o tipo de mordedura é uma característica de defesa.

    “Então é o do tipo sai daqui que esse território é meu. Agora, com as precauções que a prefeitura de Itirapina está tomando e com a saída da época reprodutiva, é bem provável que esses acidentes ou se tornem muito raros ou deixem de acontecer”, complementou Magnani.

    *Sob supervisão 

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