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    Delegação do governo russo chega à Síria para negociações, diz agência

    Kremlin quer manter bases naval e aérea no país

    Andrew Osbornda Reuters

    Uma delegação do governo russo chegou a Damasco, capital da Síria, pela primeira vez desde que o presidente Bashar al-Assad, aliado de Moscou, foi derrubado, informou a agência de notícias estatal russa TASS nesta terça-feira (28).

    A delegação, que deve manter conversas com os novos governantes sírios, inclui o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Mikhail Bogdanov, e Alexander Lavrentiev, enviado especial do Kremlin para a Síria.

    A Rússia, que concedeu refúgio a Assad, espera manter suas duas bases no país, uma base naval em Tartous e a base aérea de Hmeimim, perto da cidade portuária de Latakia.

    Entenda o conflito na Síria

    O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

    O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, conforme a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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