Antes mesmo de pesquisas atestarem que a crise envolvendo o PIX impactou – e muito – a imagem do governo, o novo ministro da Secretaria de Comunicação já havia iniciado uma série de agendas para alertar petistas sobre o peso da desinformação.

Além do alto escalão do governo, os encontros dos últimos dias incluíram representantes da cúpula do PT e chefes de diretórios municipais da legenda.

Segundo ouvintes, Sidônio Palmeira foi enfático ao defender o maior esforço possível no combate às fake news.

A avaliação é que as notícias falsas sobre a gestão de Lula já formaram uma muralha que impede a comunicação de chegar à população. Em especial, aos grupos mais afastados das capitais brasileiras.

De maneira didática, o ministro passou a reforçar a necessidade da checagem, em várias etapas, de conteúdos compartilhados pela própria base governista.

E de um esforço concentrado para que o governo não seja criticado por fazer o que condena na oposição.

Por outro lado, segundo os participantes das conversas, o apelo por mais engajamento nas redes sociais foi repetido a cada conversa.

O pedido é para que as postagens sejam feitas em maior quantidade, com mais emoção, dinamismo e até algumas brincadeiras. E que sejam consideradas as particularidades e costumes de cada região do país.

O modelo é o adotado no próprio perfil do presidente da república;

O receptor, de acordo com uma fonte, precisa ser “conquistado pelos conteúdos” e acompanhá-los “como quem assiste a um jogo de futebol, ou um espetáculo de dança”.

O cálculo apresentado aos petistas considera ainda que, com mudanças implementadas, resultados possam ser sentidos no prazo de 12 meses.

É o tempo para, nas palavras de uma fonte, “recuperar o tempo perdido”.