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    Pré-eclâmpsia: entenda a condição que fez Lexa ser internada

    Em casos graves, a condição pode levar ao parto prematuro para proteger a vida da mãe e do bebê, segundo ginecologista

    Gabriela Maraccinida CNN

    A cantora Lexa, 29, foi internada em estado grave na última segunda-feira (20), em São Paulo. A artista, que está grávida de seu primeiro filho com o ator Ricardo Vianna, está com pré-eclâmpsia precoce, condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial durante a gestação.

    O perfil oficial da artista no Instagram publicou um boletim médico sobre o estado de saúde dela e informou que Lexa “está internada na Unidade Semi-Intensiva em virtude do quadro de pré-eclâmpsia precoce, para acompanhamento tanto do seu estado clínico quanto do desenvolvimento da sua bebê”.

    Segundo dados da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a incidência de pré-eclâmpsia no Brasil varia de 1,5% a 7%. A condição não tem uma causa única definida, mas está relacionada a fatores de risco como hipertensão pré-existente, diabetes tipo 1 ou 2 antes da gravidez, doença renal, doenças autoimunes ou uso da fertilização in vitro, de acordo com a Mayo Clinic.

    Se não tratada, pode evoluir para eclâmpsia, podendo levar a convulsões ou síndrome HELLP, que envolve comprometimento do fígado e das plaquetas.

    De acordo com Fernanda Nunes, ginecologista da clínica Atma Soma, a pré-eclâmpsia pode ocorrer a partir da 20ª semana de gestação, mas é mais comum no terceiro trimestre. “Exames pré-natais frequentes são essenciais para detectar sinais precoces e evitar complicações”, complementa.

    Quais são os sintomas da pré-eclâmpsia?

    Segundo o Manual MSD, algumas mulheres com pré-eclâmpsia não apresentam sintomas inicialmente e a condição é diagnosticada por exames pré-natais. Em alguns casos, podem ocorrer inchaço nas mãos, nos dedos das mãos, no rosto, nos tornozelos e nos pés.

    Em casos graves, os sintomas de pré-eclâmpsia podem incluir:

    • Dores de cabeça intensas;
    • Visão distorcida;
    • Confusão mental;
    • Dor na parte superior direita do abdômen;
    • Náusea e vômitos;
    • Dificuldade para respirar;
    • Diminuição da urina;
    • Pressão arterial elevada.

    Além disso, na pré-eclâmpsia os níveis de proteína na urina ficam altos, indicando danos renais, de acordo com a Mayo Clinic. Também ocorre a diminuição dos níveis de plaqueta no sangue, uma condição chamada trombocitopenia, e o aumento de enzimas hepáticas que indicam problemas no fígado.

    A condição pode evoluir rapidamente, colocando em risco a vida da mãe e do bebê. “Esses sintomas podem indicar que algo não está bem e devem ser investigados o quanto antes”, explica Nunes.

    Como é feito o tratamento?

    O tratamento da pré-eclâmpsia inclui repouso, medicamentos para controlar pressão arterial e, em casos graves, adiantar o parto para proteger a vida da mãe e do bebê.

    “A principal meta é prolongar a gravidez o máximo possível sem comprometer a saúde de ambos. Isso exige uma avaliação individualizada e constante”, afirma a ginecologista. “Em algumas situações, mesmo que o bebê ainda não esteja a termo, o parto é a única solução para preservar mãe e filho”, acrescenta.

    Vale lembrar ainda que o acompanhamento pós-parto também é essencial, pois a pré-eclâmpsia pode persistir ou surgir após o nascimento do bebê. “O cuidado com a saúde é prioridade em todas as gestações e que, ao menor sinal de anormalidade, é essencial buscar avaliação profissional”, finaliza.

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