Papa Francisco pede que acordo de cessar-fogo em Gaza seja respeitado
Anteriormente pontífice já criticou ataques ao território e pediu fim da guerra
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O Papa Francisco comemorou a interrupção dos combates na Faixa de Gaza, neste domingo (19), após o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns entre Israel e o grupo Hamas entrar em vigor, interrompendo uma guerra de 15 meses que trouxe devastação e mudanças políticas sísmicas ao Oriente Médio.
Após a oração semanal do Angelus, Francisco também pediu às pessoas reunidas na Praça de São Pedro que rezassem pela reconciliação e esperava pela libertação de todos os reféns que o Hamas ainda mantém em Gaza em troca da libertação de centenas de palestinos detidos em prisões israelenses por Israel.
“Foi anunciado recentemente que o cessar-fogo em Gaza entrará em vigor hoje. Expresso minha gratidão a todos os mediadores. É um bom trabalho mediar, para que a paz seja alcançada”, expressou.
O pontífice continuou, “agradeço aos mediadores e a todas as partes envolvidas neste importante resultado. Espero que, quando for acordado, seja respeitado imediatamente pelas partes e que todos os reféns (israelenses) finalmente possam retornar para casa para abraçar seus entes queridos. Rezo muito por eles, por suas famílias.”
“Espero que a autoridade política de ambos os lados, com a ajuda da comunidade internacional, possa chegar à solução certa para os dois estados. Espero que todos possam dizer sim ao diálogo, sim à reconciliação, sim à paz. E oramos por isso, pelo diálogo, reconciliação e paz”, completou Francisco.
O Hamas, que controla o território costeiro de Gaza, deu início à guerra atacando cidades no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns. A maioria delas já foi liberta ou morta.
O bombardeio de Gaza por Israel em retaliação ao Hamas matou quase 47 mil palestinos, conforme autoridades de saúde de Gaza.
Isso inclui milhares de combatentes do Hamas e os principais líderes militares do grupo, mas o escritório de direitos humanos da ONU diz que a maioria das mortes que verificou são de mulheres e crianças.