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    Oposição vê fôlego do governo para elevar receita esgotado após caso do Pix

    Norma que expandia a fiscalização para meios de pagamento foi revogada em meio à repercussão negativa — o que vem sendo reconhecido como uma derrota do Planalto

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    A oposição do governo no Congresso Nacional vê o fôlego da gestão federal para aprovar medidas arrecadatórias no Legislativo esgotado após a “polêmica do Pix”. A norma que expandia a fiscalização para meios de pagamento foi revogada em meio à repercussão negativa — o que vem sendo reconhecido como uma derrota do Planalto.

    O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que será o novo líder do partido na Câmara no retorno dos trabalhos parlamentares, disse à CNN, que o sentimento na oposição é de que “após esta derrota [do governo], novas iniciativas para arrecadar, aumentar a carga tributária, não vão prosperar no Congresso”.

    Segundo o parlamentar, a percepção é de que a polêmica do Pix se soma à vitória obtida pela oposição com a revogação do novo DPVAT (SPVAT). O seguro para motoristas, que havia sido retomado há sete meses, foi descontinuado pelo pacote de corte de gastos do governo. A resistência de governadores já esvaziava a medida.

    No Senado, a avaliação foi semelhante: o vice-líder da oposição, Eduardo Girão (Novo-CE), disse à CNN que, na sua percepção, “o crédito do governo junto aos parlamentares acabou”. “O relacionamento está cada vez mais em frangalhos, acredito que terão dificuldades até para negociar com o Centrão”, prosseguiu Girão.

    O governo decidiu revogar a normativa após a repercussão negativa da medida, especialmente nas redes sociais. Um levantamento da consultoria Bytes mostrou que publicações de deputados do PL sobre o assunto tiveram 20 vezes mais repercussão no ambiente digital do que aquelas dos deputados do PT.

    Nesta quinta-feira (16), o governo publicou uma medida provisória para assegurar a gratuidade do Pix. A gestão federal também se movimentou para que haja apuração de fake news, que inundaram as redes sociais nos últimos dias, indicando que a ferramenta de pagamento instantâneo seria taxada.

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