Menção a líder do União fez PF remeter processo do “Rei do Lixo” ao STF
Segundo fontes ligadas à investigação, apareceram no processo autoridades com prerrogariva de foro ligadas ao partido União Brasil


Uma menção ao líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), levou a Polícia Federal (PF) a remeter a investigação da Operação Overclean ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A legislação estabelece que quando uma investigação em instâncias inferiores se depara com fatos relacionados a uma autoridade com prerrogativa de foro, ela deve ser remetida a instâncias superiores.
A investigação apura desvios de emendas parlamentares e fraudes em licitações.
O empresário José de Marcos Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, integra a executiva do partido. Ele foi indicado para o posto pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
Nesta semana, a CNN revelou que Marcos Moura esteve no Palácio do Planalto no final de 2022.
Em dezembro, a CNN revelou que a PF achou no cofre do “Rei do Lixo” uma escritura de uma transação imobiliária com o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA).
A CNN também mostrou que a chefe de gabinete de outro político influente, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), também aparece nas investigações.
Uma planilha localizada pela PF mostra que o esquema atingia pelo menos 12 estados, incluindo aí São Paulo e Rio de Janeiro.
Para investigadores, a operação Overclean tem potencial de ser uma nova Lava Jato dado seu potencial alcance nacional.