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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    PGR já denunciou 63 financiadores do 8 de janeiro

    Órgão dividiu denúncias em quatro núcleos e investigações continuam

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 63 financiadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que, nesta quarta-feira, completam dois anos.

    Segundo o próprio órgão, esse grupo pagou combustível, passagens ou fretou ônibus para pessoas se deslocarem até Brasília e participarem da “Festa da Selma” — a senha para tentar desviar as autoridades para a manifestação.

    A PGR também informou que parte desse grupo de financiadores participou ativamente de grupos de mensagens virtuais com teor golpista. O objetivo deles, segundo o órgão, era incitar a população e as Forças Armadas para, não só contestar o resultado das Eleições 2022, como também destituir o presidente Lula.

    Além dos financiadores, os procuradores dividem os denunciados em outros três grupos: incitadores (1.204), executores (407) e autoridades (8).

    A maioria dos executores foi presa em flagrante no próprio dia 8 de janeiro, sendo que parte deles portavam materiais lesivos, como facas, canivetes, rojões e gás lacrimogêneo.

    Esses acabaram sendo denunciados por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado com penas que variam entre 3 e 17 anos de prisão, além de multa e indenização por danos morais coletivos de R$ 30 milhões, a ser arcado por todos os condenados.

    Já os incitadores foram presos no dia seguinte no acampamento em Brasília em frente à sede do Exército e foram condenados por associação criminosa e incitação. O entendimento do STF foi de que ali se conhecia e se propagava o ideário golpista que culminou no dia 8 de janeiro.

    Os incitadores foram condenados a um ano de reclusão, mas a pena acabou sendo substituída por restrição de direitos, prestação de serviços a comunidade, participação de um curso sobre democracia elaborado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pagamento de multa e de danos morais coletivos. Tiveram ainda passaporte suspenso e foram proibidos de usar redes sociais.

    No último grupo, de autoridades, foram denunciados oito agentes públicos acusados de omissão imprópria. A maioria integrava a Polícia Militar do Distrito Federal.

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