Dados ruins e errados geraram dólar distorcido no Natal, diz fornecedora do Google
Morningstar diz que corrigiu erro em um dia e que trabalha para evitar problemas semelhantes no futuro
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A empresa que fornece cotações de moedas para o Google reconheceu à CNN que usou dados “ruins e errados” ao atribuir a cotação do dólar em R$ 6,40 em pleno feriado de Natal. A companhia promete trabalhar para evitar problemas semelhantes no futuro.
“Em 25 de dezembro, dados ruins e errados de um de nossos contribuidores fizeram com que os dados de câmbio do Brasil se desviassem temporariamente do mercado”, informou a Morningstar à CNN.
A Morningstar é uma empresa dos Estados Unidos que fornece mais de 375 mil dados do mercado para empresas e instituições financeiras. Um desses clientes é o Google.
No dia de Natal, a busca pelo dólar na comparação com o real brasileiro indicava, no Google, cotações muito acima do visto antes do feriado.
Diante do erro identificado, a Morningstar diz que “conseguiu resolver o problema em um dia”.
Questionada pela CNN sobre a origem das informações relacionadas à moeda brasileira, a Morningstar informou, sem dar detalhes, que “gera seus dados de câmbio com base em envios de taxas de terceiros contribuidores conhecidos”.
A empresa não respondeu, por exemplo, se captura cotações do real brasileiro em plataformas de negociação de criptoativos – que funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana.
“A Morningstar está comprometida com a qualidade e a precisão de seus dados, e estamos trabalhando para evitar ocorrências semelhantes no futuro por meio de medidas elevadas de garantia de qualidade”, citou a empresa à CNN.
Após a informação da cotação distorcida na quarta-feira de Natal e forte repercussão nas redes sociais, a Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou que irá consultar o Banco Central sobre uma “possível informação incorreta de cotação do dólar”.
Procurado, o BC não se posicionou sobre o tema.