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    Jussara Soares
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    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    Defesa de general Mario Fernandes pede revogação de prisão

    General apontado pela PF como autor de plano para matar Lula Alckmin e Moraes está preso desde 19 de novembro

    A defesa do general Mario Fernandes, indiciado por tentativa de golpe de Estado, pediu para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogar a prisão do militar.

    O requerimento foi protocolado na noite de terça-feira (17) pelo advogado Marcus Vinícius Figueiredo na Corte.

    O general está preso desde o dia 19 de novembro, quando foi alvo da Operação Contragolpe da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde ficou preso inicialmente. E

    m 5 de dezembro, ele foi transferido para Brasília, onde está detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília (BPEB), sob custódia do Comando Militar do Planalto (CMP).

    De acordo com a Polícia Federal, o general Mario Fernandes, então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi o responsável pela elaboração do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo” quw consiatia no planejamento de executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e o próprio ministro Alexandre de Moraes.

    À CNN, o advogado Marcus Vinicius Figueiredo adiantou que o documento apontado pela investigação como um plano golpista jamais foi entregue a ninguém.

    “Esse documento foi encontrado pela PF no HD do general Mario Fernandes e não foi entregue a ninguém. Não há uma minuta física”, disse à CNN.

    A defesa também afirmou que o general Mario Fernandes não estuda uma delação premiada.

    O relatório final da PF aponta que documento com o “planejamento operacional” para realizar o assassinato foi impresso pelo general da reserva no Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada.

    A data da impressão do documento foi 9 de novembro de 2022, quando Bolsonaro ainda residia no local. Dias antes, o então presidente havia sido derrotado por Lula no segundo turno da eleição.
    De acordo com o documento, uma segunda impressão do plano foi feita no Planalto em 6 de dezembro de 2022.

    Novamente, o general da reserva foi responsável. Na ocasião, Bolsonaro também se encontrava no Palácio do Planalto.

    “Conforme exposto, fica evidenciado que, no dia 06/12/2022, no horário em que o secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência, general Mario Fernandes, imprimiu o documento “Plj.docx” (18h09min), possivelmente relacionado ao planejamento operacional da ação clandestina para prender/executar o ministro Alexandre de Moraes e assassinar o presidente e vice-presidente eleitos Lula e Geraldo Alckmin. O então presidente da República, Jair Bolsonaro, também estava no Palácio do Planalto”, cita o relatório da PF.