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    Juros devem cair só no segundo semestre de 2025, projeta CNI

    Para a entidade, o Banco Central deve manter o ciclo de aperto monetário no primeiro semestre

    Vitória Queirozda CNN , Brasília

    A CNI considera que o Banco Central (BC) vai manter o ciclo monetário mais contracionista pelo menos até a metade do ano que vem. A entidade espera redução da taxa básica de juros somente a partir do segundo semestre de 2025, em setembro.

    Na última reunião do ano, Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)  aumentou os juros em 1 ponto percentual, levando a Selic ao patamar de 12,25%.

    “Projeta-se que a taxa Selic vai fechar 2025 em 12,75%, meio ponto percentual acima do patamar ao fim de 2024. Nesse cenário, as concessões de crédito devem crescer 7,1%, menos do que em 2023”, diz a CNI em nota.

    No comunicado, o Copom voltou a anunciar um guidance para as próximas reuniões. De acordo com o comitê, a Selic deve voltar a subir 1 ponto nas duas próximas reuniões, em janeiro e março de 2025.

    Com a expectativa, ao fim do primeiro trimestre do próximo ano os juros estarão em 14,25% ao ano. O Copom não sinalizou quando será o ponto final do ciclo de alta.

    “A alta dos juros deve conter o consumo e os investimentos, devido à menor concessão de crédito; mas há outros fatores, como a evolução mais lenta do mercado de trabalho, depois de três anos bastante positivos; e a redução do impulso fiscal, ou seja, as compras dos governos federal, estaduais e municipais”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

    Alta do PIB

    A CNI projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 3,5% em 2024. O número está acima da estimativa divulgada pelo Ministério da Fazenda, de 3,3%.

    Entre os indicadores que contribuíram para o resultado, estão o desempenho do mercado de trabalho, a expansão fiscal e o aumento das concessões de crédito. Para 2025, a estimativa da CNI é de que a economia brasileira cresça 2,4%.

    Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 4,8%, acima da meta da inflação, que é de 3%, podendo chegar a 4,5% com o intervalo de tolerância. Para 2025, a CNI calcula que a inflação vai baixar para 4,2%.

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