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    Daniel Couri
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    Daniel Couri

    Mestre em economia e consultor de orçamento do Senado

    Mercado aguarda aprovação do pacote de corte de gastos

    Aprovação desses textos é fundamental para definir as diretrizes e limites dos gastos públicos para o ano de 2024

    O mercado financeiro está em estado de alerta com a proximidade do recesso parlamentar e a urgência na votação do pacote de corte de gastos proposto pelo governo.

    A semana promete ser decisiva para o cenário econômico do país, com uma série de votações importantes programadas para os próximos dias.

    Entre os projetos que devem ser analisados pelo Congresso estão a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o pacote de medidas para contenção de despesas.

    A aprovação desses textos é fundamental para definir as diretrizes e limites dos gastos públicos para o ano de 2024.

    O tempo é insuficiente para discutir com profundidade todos esses temas. A situação é ainda mais delicada, considerando que nunca houve um precedente de LDO não aprovada para o ano seguinte.

    Caso a LDO não seja aprovada a tempo, o governo federal poderá enfrentar dificuldades para executar o orçamento no início do próximo ano.

    Isso poderia levar a uma situação inédita, onde o Executivo precisaria buscar amparo jurídico, possivelmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para garantir a continuidade dos gastos essenciais.

    A aprovação do pacote de corte de gastos é vista como crucial para conter o crescimento das despesas obrigatórias. Entre as medidas propostas, destaca-se a nova regra para o reajuste do salário mínimo, que pode ter impactos significativos no orçamento a médio e longo prazo.

    A grande incerteza do ano que vem fica com o lado da arrecadação.

    Com a possibilidade de uma atividade econômica menos robusta do que o previsto inicialmente pelo governo, mantém-se o cenário de um possível déficit primário em 2024, desafiando a meta do governo de zerar o déficit, com uma margem de tolerância de até R$ 30 bilhões.

    O mercado e o governo seguem atentos às movimentações no Congresso, esperando que as deliberações desta semana tragam mais clareza sobre o panorama fiscal para o próximo ano, em um momento crucial para a definição dos rumos da economia brasileira.

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