Operação desarticula organização criminosa que fabricava e vendia rebite
Suspeitos também mantinham um esquema milionário de lavagem de dinheiro, aponta investigação
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Uma operação realizada nesta terça-feira (10) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Goiás (Gaeco/MPGO) cumpriu 88 mandados contra suspeitos de fabricar e vender rebite nos estados de Goiás, Tocantins, Bahia e São Paulo.
O rebite é uma droga sintética utilizada por motoristas profissionais para inibir o sono e permitir a realização de longas jornadas de trabalho.
Além da produção e venda da droga, os investigados operavam um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro que movimentava valores milionários.
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As investigações apontaram uma ampla rede de empresas e contas bancárias usadas pelos líderes da organização criminosa para ocultar e disfarçar os lucros obtidos com a comercialização dos rebites.
As empresas também eram utilizadas para adquirir insumos essenciais à fabricação das drogas, como produtos químicos, máquinas e embalagens. Os recursos ilícitos eram ainda lavados por meio da compra de veículos, imóveis, fazendas e criptoativos, segundo os promotores.
A operação, realizada com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), cumpriu mandados em 14 municípios:
- Goiás: Goiânia, Goianira, Trindade, Anápolis, Ceres, Mara Rosa, Campinorte, Uruaçu e Porangatu.
- Tocantins: Talismã.
- Bahia: Luís Eduardo Magalhães.
- São Paulo: Salto.
No total, participaram da ação 268 policiais rodoviários federais, 96 integrantes do MPGO — incluindo 26 promotores de Justiça — e cães farejadores treinados para localizar entorpecentes.