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    Onde está o presidente da Síria Bashar al-Assad? Veja o que sabemos até agora

    O líder não foi visto ou ouvido publicamente desde que os rebeldes entraram na capital Damasco neste domingo (8)

    Da CNN

    Após a tomada de cidades estratégicas, culminando na chegada à capital Damasco, grupos rebeldes derrubaram o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, neste domingo (8).

    O líder do governo não deu declarações oficiais até o momento e não há informações sobre seu paradeiro.

    Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, país aliado, informou que o governante deixou a Síria.

    Assad “decidiu deixar o posto presidencial e saiu do país, dando instruções para transferir o poder pacificamente”, afirmou a declaração, acrescentando que “a Rússia não participou das negociações de saída”.

    Antes da declaração russa ser emitida, uma fonte próxima aos rebeldes disse à CNN que o presidente deposto havia deixado Damasco sob proteção russa, e uma fonte separada contou que ele viajou para Latakia, no noroeste da Síria, onde a Rússia tem uma base aérea.

    O governo russo completou dizendo que “a Federação Russa está em contato com todos os grupos da oposição síria”.

    O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, também falou neste domingo (8) que Bashar al-Assad está “provavelmente fora da Síria”.

    Há informações conflitantes sobre o paradeiro de Assad — uma agência do leste europeu também acredita que ele esteja em Latakia.

    O líder sírio não foi visto ou ouvido publicamente desde que os rebeldes entraram na capital nesta manhã.

    A família de Assad estava no poder há mais de um século, Bashar foi eleito em 2000, completando 24 anos de seu governo este ano.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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