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    Irã vai respeitar a “soberania e integridade territorial” da Síria, ministro

    Ministério das Relações Exteriores do Irã espera que as relações "amigáveis" continuem com a Síria, apesar da quedado regime de Bashar al-Assad

    Nechirvan MandoLauren Kentda CNN

    O Irã respeitará a “unidade, soberania nacional e integridade territorial” da Síria, disse o Ministério das Relações Exteriores iraniano em uma declaração neste domingo (8).

    “Determinar o destino da Síria e decidir seu futuro é responsabilidade exclusiva de seu povo, livre de interferência destrutiva ou imposição externa”, disse o ministério.

    “Alcançar essa meta requer a rápida cessação de conflitos militares, prevenção de atividades terroristas e o início de diálogos nacionais com a participação de todos os segmentos da sociedade síria. Essas etapas visam estabelecer um governo inclusivo que represente todo o povo da Síria”, disse a declaração.

    “A República Islâmica do Irã, enfatizando o status da Síria como um país importante e influente na região da Ásia Ocidental, não poupará esforços para ajudar a estabelecer segurança e estabilidade na Síria”, continuou.

    “Para esse fim, o Irã continuará suas consultas com todas as partes influentes, particularmente na região.”

    O Ministério das Relações Exteriores acrescentou que espera que as relações “amigáveis” continuem com a Síria, apesar da queda do regime do presidente Bashar al-Assad. O Irã e seu representante Hezbollah foram os principais apoiadores de Assad.

    Um oficial dos EUA disse à CNN anteriormente que os eventos na Síria marcam o colapso do “artifício do Irã” em todo o Oriente Médio.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais – da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia – se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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