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    Após queda de Assad, líder rebelde diz que minorias não serão afetadas na Síria

    "Não lidamos com pessoas como Assad fez", afirmou um comandante rebelde não identificado na televisão estatal do país

    Abbas Al Lawatida CNN

    Na primeira entrevista da televisão estatal com rebeldes, um comandante apresentado como líder da operação para derrubar o regime de Bashar al-Assad em Damasco garantiu que as minorias na Síria seriam protegidas, enfatizando que o país pertence a todos os sírios.

    “Nós nos dirigimos a todas as seitas da Síria: a Síria é para todos, sem exceção. A Síria é para os sunitas, os drusos, os alauitas. Não lidamos com pessoas como o [regime de] Assad fez”, disse o comandante quando questionado pelo entrevistador para tranquilizar as minorias preocupadas com sua segurança após a queda do regime de Assad.

    Ele também pediu aos sírios que “salvaguardassem todas as instituições governamentais”.

    A transmissão foi cortada no meio da entrevista depois que o som falhou.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais – da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia – se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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