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    Suspeitos de ligação com morte de delator do PCC são soltos em menos de 24 horas

    Governador Tarcísio chegou a anunciar nas redes sociais as prisões dos suspeitos que mantinham mais de 100 munições de fuzil

    Renan Fiuzada CNN , em São Paulo

    Dois dos homens presos sob suspeita de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach, ex-delator do PCC, foram soltos em menos de 24 horas.

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Repubicanos), chegou a anunciar as prisões deles nas redes sociais, mencionando a ligação com o crime e o flagrante de cerca de 100 munições de fuzil encontradas em um carro e uma moto.

    A ação da Polícia Militar aconteceu na zona leste de São Paulo. Veja o anúncio de Tarcísio nas redes sociais:

    O advogado de defesa do suspeito, Eduardo Kuntz, explicou à CNN que a soltura ocorreu porque “o flagrante foi revogado por falta de provas”.

    Segundo a polícia, os suspeitos haviam sido presos, na última sexta-feira (6), após denúncias anônimas indicarem que o local onde eles foram encontrados seria usado como depósito de armas e munições do crime organizado.

    “Prendemos algumas pessoas como testemunhas, que já foram soltas. Agora, sim, prendemos três pessoas com grau de parentesco. Uma delas tinha a missão clara, assumida, de levar o olheiro do crime para o Rio de Janeiro. Os outros dois, presos com munições de fuzis do mesmo calibre usado no crime”, afirmou o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo de Segurança Pública de São Paulo.

    Questionado se as decisões não estariam sendo precipitadas, Nico defendeu a abordagem policial.

    “O trabalho de investigação, às vezes, é demorado. Já estamos há um mês dedicados a esse caso, e somos cobrados diariamente pelo governador e pelo secretário de Segurança para avançarmos. Quem estiver envolvido nesse crime vai pagar, isso é certo. Todos os dias eu, o secretário Derrite e toda a equipe levantamos com o mesmo objetivo: acertar e colocar esses criminosos atrás das grades. Nosso foco é dar uma resposta à sociedade, e é nisso que estamos empenhados,” finalizou.

    Dos três presos, pela tropa de choque da PM, apenas um segue aguardando a decisão da audiência de custódia.

    A Justiça irá definir se mantém ou não o homem de 19 anos preso. Segundo a investigação, ele seria o responsável por ajudar a levar o olheiro do crime até o estado do Rio de Janeiro.

     

    Entenda as prisões

    A Polícia Civil de São Paulo prendeu três suspeitos de estarem envolvidos na morte de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC).

    As prisões ocorreram após denúncias anônimas de que um imóvel na região era usado para armazenar armas e munições ligadas ao crime organizado. Os três foram presos na zona Leste da capital paulista, em Guaianazes, entre esta sexta (6) e sábado (7).

    Os detidos são os irmãos Marcos Henrique Soares Brito, de 22 anos, e Matheus Soares Brito, de 19, além do tio deles, Allan Pereira Soares. Durante as ações policiais desde esta sexta-feira (6), sete pessoas foram presas.

    Por volta das 12h deste sábado (7), Allan Soares e Marcos Soares Brito foram liberados pela polícia. Neste momento, apenas Matheus Brito permanece preso.

    A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou as prisões. Matheus era alvo da Polícia Civil, enquanto Allan e Marcos foram presos em flagrante por equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota).

    Segundo a investigação, as prisões buscam garantir o avanço do inquérito e possibilitar a coleta de novas provas. A Polícia Civil acredita que cinco pessoas participaram diretamente do assassinato de Gritzbach: dois atiradores, um motorista, um olheiro no aeroporto e outro suspeito responsável pela fuga.

    A Polícia Civil segue analisando a possível conexão dos detidos com o crime e não descarta a participação de outros envolvidos. As investigações continuam com foco em desmantelar os esquemas do PCC e esclarecer a execução do delator.

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