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    Bashar al-Assad continua na capital da Síria, diz agência de notícias estatal

    Crise no país se intensifica à medida que rebeldes lutam contra o governo do presidente

    Deniz UyarSophie Royleda Reuters

    A agência de notícias estatal da Síria informou neste sábado (7) que o presidente Bashar al-Assad continua na capital do país, Damasco, apesar do aumento de tensão no conflito entre as forças da oposição e o governo.

    Os rebeldes da Síria estão se aproximando de Damasco, depois de forças contrárias ao regime de Bashar al-Assad terem lançado uma ofensiva no país.

    Os rebeldes dizem que começaram a “fase final” do cerco à capital. O Exército sírio nega ter se retirado de Damasco, acusando os rebeldes de espalharem o pânico.

    Assad realizou um compromisso público na cidade em 1º de dezembro, quando se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, para discutir a crise.

    Na reunião entre as duas autoridades, Assad prometeu “acabar com os insurgentes” que invadiram a cidade de Aleppo enquanto mísseis russos e sírios atingiam a cidade de Idlib, controlada por rebeldes, no norte da Síria.

    Abbas Araghchi descreveu a situação na Síria como “difícil”, mas disse que o Irã, um aliado sírio, está confiante de que o governo de Assad destruirá os rebeldes como fez no passado, segundo a mídia estatal.

    Os insurgentes são uma coligação de grupos armados apoiados pela Turquia e pelo Hayat Tahrir al-Sham.

    Hayat Tahrir al-Sham é designado como um grupo terrorista pelos Estados Unidos, Rússia, Turquia e outros países.

    A guerra, que matou centenas de milhares de pessoas e deslocou milhões, começou em 2011. A maioria dos grandes combates foi interrompida há anos, depois do Irã e a Rússia terem ajudado o governo de Assad a ganhar o controle de maior parte do país.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

    Com informações da CNN

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