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    Anúncio supera fadiga e libera energia para novas frentes, diz Prazeres sobre Mercosul-UE ao WW

    Expectativa da secretaria de comércio exterior do MDIC é que tratado avance rapidamente no Congresso brasileiro, devido relevância econômica

    Danilo CruzJoão Nakamurada CNN , em São Paulo

    O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) cria a maior abertura econômica da história.

    Mas após 25 anos de deliberações, Tatiana Prazeres, secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC); aponta que as negociações já eram marcadas por “muita fadiga”.

    Em entrevista ao WW, Prazeres aponta que agora a ideia é seguir com novas oportunidades.

    “Muitos achavam que não seria possível a conclusão da negociação. A partir de agora, nós liberamos ‘energia negociadora’ para que possamos avançar em outras frentes”, afirmou a secretaria do MDIC nesta sexta-feira (6), diretamente de Montevidéu, capital do Uruguai, onde foi realizado o anúncio mais cedo.

    Prazeres indica que outros tratados importantes estão perto de ser concluídos: um com o EFTA – bloco que inclui a Suíça, a Noruega e outros – e outro com os Emirados Árabes Unidos.

    Mas ela reforça e reconhece a relevância econômica do acordo anunciado, e indica que esse motivo pode dar celeridade à sua aprovação no Congresso Nacional.

    O acordo ainda precisa passar por traduções e por uma revisão legal. E antes de entrar em vigor, o tratado ainda deve ser confirmado pelo Legislativo de cada país do Mercosul e pelo parlamento europeu.

    “Eu diria que pela importância política e econômica desse acordo, a nossa expectativa é que ele possa avançar rapidamente no congresso brasileiro. A nossa expectativa é que o acordo possa ser assinado no ano que vem. E a partir daí nós vamos trabalhar para que ele seja de fato internalizado nos países membros do Mercosul e a União Europeia fará seu trabalho também. Mas é difícil estimar”, afirma Prazeres.

    Possíveis mudanças

    A secretaria de Comércio Exterior destaca que alguns pontos podem ser revistos ao longo do processo de assinatura da aliança. Esse processo já era considerado pelos blocos, que criaram cláusulas de revisão onde os parceiros se reúnem e discutem os termos qualificados anteriormente.

    “Nós, inclusive, fizemos a previsão que nesse processo de revisão seja preciso ouvir a sociedade civil, organizações não governamentais, o setor privado, sindicatos”, destaca.

    O processo de mudanças, segundo Prazeres, é considerado natural e que “sempre é possível renegociar o acordo”.

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