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    Rebeldes da Síria tomam controle de importante passagem de fronteira para Jordânia

    Ministro do Interior da Jordânia pontuou que outro ponto entre os dois países foi fechado devido à crise de segurança

    Annoa Abekah-MensahEyad Kourdida CNN

    Rebeldes tomaram o controle de uma passagem de fronteira entre Síria e Jordânia, enquanto os combatentes consolidam seus ganhos no sul da Síria após uma nova ofensiva nesta sexta-feira (6).

    Em um vídeo geolocalizado pela CNN, combatentes armados podem ser vistos marchando por uma estrada perto da passagem de fronteira de Nassib.

    A passagem marca o ponto mais ao sul da principal rodovia M5, que vai da cidade de Aleppo ao norte e passa pela capital Damasco.

    Depois de capturar Aleppo há uma semana, os combatentes rebeldes avançaram para o sul ao longo da rodovia. Na quinta-feira (5), tomaram a cidade de Hama, e agora eles estão de olho em Homs.

    Nesta sexta, o ministro do Interior da Jordânia, Mazen Al-Faraya, anunciou que a passagem de fronteira de Jaber, que fica em frente à de Nassib, na Síria, foi fechada devido à crise de segurança.

    Os rebeldes no norte serão reforçados pela nova ofensiva no sul. Mais cedo na sexta-feira, insurgentes capturaram uma série de postos de fronteira mais a oeste, na província de Daraa.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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