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    Conflito na Síria: Rebeldes dizem ter capturado base militar estratégica do governo

    Insurgentes estão conseguindo os maiores avanços em campo de batalha desde o início da guerra civil, há 13 anos

    Eyad KourdiGianluca Mezzofioreda CNN

    Rebeldes no sul da Síria afirmaram que assumiram controle de uma importante base militar governamental em Daraa, poucas horas após o lançamento de uma nova ofensiva nesta sexta-feira (6).

    Um vídeo, localizado pela CNN, mostrou combatentes rebeldes trocando tiros com forças do regime perto de al-Hirak, uma cidade próxima à Brigada 52, a segunda maior base militar governamental da região.

    Em um comunicado, a Sala de Operações do Sul – um grupo recém-formado que representa os rebeldes do sul – disse que “libertou com sucesso a Brigada 52 no leste de Daraa, após batalhas com as forças do regime”.

    A Brigada 52 foi acusada de estar envolvida em bombardeios contra civis na cidade de Daraa entre 2012 e 2015, um dos momentos mais intensos da guerra civil na Síria.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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