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    Integração global, investimentos e PIB: o que o Brasil ganha com o Mercosul-UE

    Acordo criaria uma das maiores áreas de livre comércio do planeta, contemplando cerca de 750 milhões de pessoas

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    Egito, Israel, Palestina e Singapura: estes são os quatro países fora da América com os quais o Mercosul tem acordo de livre-comércio.

    Caso sejam concluídas em Montevidéu, no Uruguai, as negociações com a União Europeia, em uma única tacada, o bloco ganharia 27 novos parceiros.

    De acordo com estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os parceiros com quem o Brasil tem acordos atualmente permitem acesso preferencial a cerca de 8% das importações mundiais de bens. Com o acordo com a UE, esse percentual subiria para 37% — quase cinco vezes maior.

    O acordo criaria uma das maiores áreas de livre comércio do planeta, contemplando cerca de 750 milhões de pessoas. O benefício da integração se estenderia, claro, aos demais países dos blocos.

    A expectativa do governo e do setor privado do Brasil estão refletidos em números: segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, cada R$ 1 bilhão exportado para a UE proporcionou a criação de 21,7 mil empregos, R$ 441,3 milhões em massa salarial e R$ 3,2 bilhões em produção.

    Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que a implementação do acordo faria, até 2040, o PIB brasileiro crescer cerca de US$ 9,3 bilhões (0,46%) e os investimentos no Brasil aumentarem 1,5%, comparado ao cenário atual sem a parceria entre os blocos.

    Em 2023, o Brasil trocou com a União Europeia cerca de US$ 91 bilhões. As exportações ficaram em torno de US$ 46,3 bilhões, e as importações, perto de US$ 45,4 bilhões. O saldo positivo da balança comercial brasileira foi de US$ 876 milhões.

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