Associação de Golfe Profissional Feminino veta atletas trans em torneios

A Associação de Golfe Profissional Feminino (LPGA, na sigla original) atualizou sua política de gênero, nesta quarta-feira (4), e jogadoras trans registradas como homem no nascimento e que passaram pela puberdade masculina estão vetadas de competir.

A nova política passa a ser adotada na temporada 2025, e cobre campeonatos como LPGA Tour, Epson Tour, Ladies European Tour e as demais competições de elite da LPGA.

“Nossa política reflete uma abordagem abrangente, baseada na ciência e inclusiva”, afirmou a comissária da LPGA Mollie Marcoux Samaan em um comunicado.

“A política representa nosso compromisso contínuo de garantir que todos se sintam bem-vindos em nossa organização, ao mesmo tempo em que preservamos a justiça e a equidade competitiva de nossas competições de elite.”

LPGA diz que montou grupo de especialistas

A política foi definida por um grupo de trabalho de especialistas em medicina, ciência, fisiologia esportiva, desempenho no golfe e legislação de política de gênero, disse a LPGA.

O grupo de trabalho apontou que os efeitos da puberdade masculina proporcionariam vantagens competitivas no desempenho do golfe em comparação com jogadoras que não passaram pela puberdade masculina.

Uma jogadora cujo sexo de nascimento era masculino deve convencer um painel de especialistas de que não passou por nenhuma fase da puberdade masculina e, desde que recebeu o tratamento de redesignação de gênero, a concentração de testosterona em seu corpo permaneceu abaixo de um limite definido.

Golfista trans desabafa contra ‘pessoas neutras’

A golfista trans Hailey Davidson, que participou de um evento classificatória da LPGA em outubro, esperava disputar torneios da Epson Tour no ano que vem, mas disse em suas redes sociais que foi “banida” de ambos os circuitos.

“A todo o silêncio e a todas as pessoas querendo ficar ‘neutras’, agradeço por absolutamente nada”, ela escreveu no Instagram. “Isso aconteceu por causa de todo o seu silêncio.”