Alckmin diz que dólar deve cair após aprovação de corte de gastos
Segundo o vice-presidente da República, o câmbio deve se "acomodar" quando o Congresso Nacional aprovar as medidas fiscais apresentadas pelo governo
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira (3) que o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo deve promover uma queda no preço do dólar, caso as medidas sejam aprovadas no Congresso Nacional.
A declaração foi realizada durante coletiva no Palácio do Planalto após cerimônia ” Nova Indústria Brasil – Missão 1: cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais”.
“Se o Congresso der resposta rápida neste dezembro, aprovando medidas para cumprir arcabouço fiscal, de déficit primário zero, aprovando as medidas que reduzem despesas no curto, médio e longo prazo, não só zera o déficit de agora, mas já prevê redução de despesas também nos próximos anos. À medida em que isso ficar claro, nós devemos ter acomodação do dólar, com câmbio mais baixo”, disse Alckmin.
Na última segunda-feira (2), o dólar fechou em alta, se mantendo acima do patamar de R$ 6, refletindo a reação do mercado às medidas fiscais e a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, apresentados pelo governo federal na semana passada.
“O câmbio tem um componente interno e um externo. Ontem, no mundo inteiro, nós tivemos um estresse maior por componente externo. Por isso eu acho que essas coisas são transitórias. O câmbio é flutuante, do jeito que ele sobe, ele cai”, declarou Alckmin sobre a variação do dólar.
As medidas fiscais precisam do aval dos deputados federais e senadores. A expectativa do governo federal é de que o pacote de corte de gastos seja aprovado no Congresso Nacional ainda em 2024.
Com o pacote de corte de gastos, o governo pretende economizar R$ 327 bilhões até 2030. Desse total, a equipe econômica estima um impacto de R$ 71,9 bilhões até 2026, fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).