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    Mariana Janjácomo

    Correspondente em Nova York, Mariana Janjácomo é mestre em jornalismo pela New York University e ama descobrir cada canto de uma das cidades mais multiculturais do mundo

    Universidades dos EUA alertam estudantes estrangeiros antes da posse de Trump

    Instituições de ensino superior aconselham estudantes estrangeiros em férias a voltarem aos Estados Unidos e tiram dúvidas sobre o que pode mudar sob Trump 2

    Universidades americanas vêm aconselhando estudantes estrangeiros em férias no exterior a voltarem aos EUA antes de Donald Trump tomar posse, no dia 20 de janeiro, e realizado uma série de eventos para esclarecer dúvidas dos alunos sobre o que pode mudar com o segundo governo Trump.

    Em um fórum no dia 12 de novembro, professores da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York (NYU) afirmaram que há grande probabilidade de instituições com programas de diversidade e inclusão enfrentarem processos na Justiça, e que as deportações em massa prometidas por Trump durante a campanha realmente podem acontecer.

    Nesta semana, o Departamento de Serviços Globais da NYU, que cuida de questões relacionadas a vistos e imigração, mandou um e-mail aos alunos estrangeiros recomendando que todos estejam de volta das férias, nos Estados Unidos, até 19 de janeiro de 2025, um dia antes de Trump tomar posse.

    “Neste momento, não sabemos de nenhuma mudança política iminente que possa afetar nossos estudantes e professores estrangeiros, mas iremos notificá-los imediatamente caso algo mude. Isso dito, com as aulas começando em 21 de janeiro, nossa recomendação seria estar nos Estados Unidos até dia 19 de janeiro”, diz a mensagem.

    A Universidade de Massachussets Amherst publicou no site de seu Departamento de Serviços Globais um alerta semelhante. “Esse não é um requerimento da UMass, nem algo baseado em nenhuma recomendação atual do governo americano. Mas considerando que uma nova administração presidencial pode colocar regras em prática já no primeiro dia de mandato (20 de janeiro) e com base na experiência prévia de restrições de viagens do primeiro governo Trump em 2017, o departamento está fazendo essa recomendação como forma de cautela”, diz o texto.

    Apesar de as promessas do presidente eleito sobre imigração serem focadas em estrangeiros que estão nos Estados Unidos ilegalmente, a retórica contra imigração e as medidas do primeiro mandato Trump têm provocado medo.

    Em 2017, o republicano proibiu a entrada de cidadãos de diversos países, principalmente muçulmanos, sob a justificativa de estar protegendo os Estados Unidos contra atos de terrorismo que poderiam ser cometidos por estrangeiros.

    Na última campanha pela Casa Branca, Trump chegou a dizer que imigrantes estão envenenando a alma do país.

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