Problemas no carro ainda na garantia? Consumidor pode cair em “jogo de empurra”
Boris Feldman explica a responsabilidade sobre problemas em carros durante o período de garantia, alertando consumidores sobre práticas de concessionárias
Em um cenário onde a responsabilidade por problemas em carros novos é frequentemente disputada, os consumidores se veem no meio de um verdadeiro “jogo de empurra”. Boris Feldman, especialista em automóveis, esclarece a situação e adverte os proprietários sobre seus direitos.
Quando um veículo apresenta problemas durante o período de garantia, que pode variar de dois a seis anos, o proprietário naturalmente procura a concessionária para obter o reparo gratuito. No entanto, algumas oficinas tentam se esquivar da responsabilidade, alegando que o problema é do fabricante do componente específico.
Componentes em disputa
Feldman cita exemplos comuns desse “jogo de empurra”:
- Pneus com desgaste prematuro;
- Problemas no sistema de som;
- Falhas na bateria.
Nestes casos, a concessionária pode tentar direcionar o cliente para o fabricante do componente, argumentando que o defeito não é responsabilidade da montadora.
O especialista é enfático: ‘Você, quando compra um carro, você por acaso escolhe os pneus, o som ou a bateria? Não. Quem compra é o fabricante, ele é responsável pelo carro inteiro’. Feldman ressalta que o consumidor não tem participação na escolha desses componentes e, portanto, não deve ser penalizado por eventuais problemas.
Direitos do consumidor
“Não aceite a concessionária empurrar, fazer o tal jogo de empurra para o fabricante do produto”, aconselha Feldman. Ele enfatiza que o fabricante do veículo tem responsabilidade sobre todo o automóvel, a menos que o consumidor tenha assinado algum contrato específico em contrário.
Esta prática de tentar transferir a responsabilidade pode deixar o consumidor em uma situação difícil, perdendo tempo e possivelmente a garantia do produto. É importante que os proprietários de veículos estejam cientes de seus direitos e não se deixem intimidar por táticas que visam evitar o cumprimento das obrigações de garantia.