Rússia reforça apoio a presidente sírio Bashar al-Assad
Rebeldes assumiram controle de grande parte de Aleppo, segunda maior cidade de Síria
O Kremlin disse na segunda-feira (2) que a Rússia continua apoiando o presidente sírio Bashar al-Assad depois que suas forças perderam território para insurgentes islâmicos e outros grupos rebeldes. Autoridades acrescentaram que veriam qual ajuda era necessária para estabilizar a situação.
Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro sírio divulgado na segunda-feira disse que aeronaves russas e sírias estavam atacando posições controladas por rebeldes na zona rural oriental de Aleppo, matando e ferindo dezenas de insurgentes.
A Rússia, uma forte aliada de Assad, interveio militarmente ao seu lado contra os insurgentes em 2015, em sua maior incursão no Oriente Médio desde o colapso da União Soviética, e mantém uma base aérea e uma instalação naval na Síria.
O Kremlin disse na sexta-feira (29) que queria que o governo sírio restaurasse a ordem constitucional o mais rápido possível e considerou o ataque rebelde uma violação da soberania da Síria.
Questionado na segunda-feira se a Rússia planejava aumentar seu apoio a Assad, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o apoio a Bashar Al-Assad continua. “Os contatos continuam nos níveis apropriados”, acrescentou.
“Estamos analisando a situação e uma posição será formada sobre o que é necessário para estabilizar a situação.”
Blogueiros militares russos disseram no domingo que Moscou demitiu Sergei Kisel, o general responsável por suas forças na Síria, e o substituiu pelo Coronel General Alexander Chaiko.
Não houve confirmação oficial do Ministério da Defesa russo sobre tal mudança.
Assad prometeu esmagar os insurgentes — uma coalizão de grupos armados seculares apoiados pela Turquia, juntamente com o Hayat Tahrir al-Sham, um grupo islâmico que foi designado como organização terrorista pelos EUA, Rússia, Turquia e outros estados.
Os insurgentes tomaram o controle de toda a província de Idlib nos últimos dias, no ataque rebelde mais ousado em anos em uma guerra civil onde as linhas de frente estavam praticamente congeladas desde 2020.
Eles também invadiram a cidade de Aleppo, a leste de Idlib, na sexta-feira à noite, forçando o exército a se reposicionar.