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    Pedro Venceslau
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    Pedro Venceslau

    Pós-graduado em política e relações internacionais, foi colunista de política do jornal Brasil Econômico, repórter de política do Estadão e comentarista da Rádio Eldorado

    Análise: Lira e Pacheco apontam que mexer no IR não será fácil

    Presidentes das duas casas querem separar IR do pacote de cortes de gastos

    Diante da reação nervosa do mercado após o anúncio casado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), do pacote de corte de gastos e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, os presidentes da Câmara e do Senado agiram como bombeiros e se pronunciaram quase simultaneamente nesta sexta-feira (29).

    Ambos deixaram claro o compromisso “inabalável” com o arcabouço fiscal, mas sinalizaram que mexer no Imposto de Renda não será fácil.

    À CNN, o vice-líder da oposição na Câmara, Mendonça Filho (União-PE), deu uma pista do que vem pela frente.

    “O Congresso não vai ser instrumento da contenção populista do governo. Eles recuaram e adiaram porque sentiram que o mercado vai explodir”, disse o parlamentar.

    Já o deputado Ricardo Salles (PL-SP) sugere outro caminho.

    “A gente deveria aprovar a isenção até R$ 5000 (no IR), mas rechaçar a taxação dos super-ricos, que não resolve o problema.”

    Em entrevista à CNN, Pacheco disse que a questão do imposto de renda vai ser pautada com uma “discussão futura” que vai acontecer “se e somente” houver condições em termos fiscais.

    “Todos nós somos desejosos, evidentemente, mas é preciso ter condições fiscais para isso”, disse.

    Promessa de campanha de Lula, a ampliação da faixa de isenção do IR tem apelo popular, mas também um custo fiscal.

    A oposição avalia que a estratégia de unir a boa e a má notícia no mesmo anúncio pode ter sido um tiro no pé.

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