Vídeo: Rebeldes dirigem tanques e veículos militares no noroeste da Síria
Forças rebeldes lançaram um ataque surpresa esta semana, capturando diversas aldeias e reacendendo um conflito que estava praticamente estático há anos
Rebeldes sírios foram vistos em veículos militares ao redor de Aleppo, na Síria, nesta sexta-feira (29), à medida que o conflito da oposição com o regime no poder aumentam.
A violência marca alguns dos piores confrontos em anos entre as duas partes.
Veja a movimentação:
Os combates no noroeste da Síria nos últimos três dias deixaram 27 civis mortos, incluindo oito crianças, segundo David Carden, vice-coordenador humanitário regional da ONU para a crise na Síria.
Rebeldes liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham lançaram uma incursão na quarta-feira (27) em 12 cidades e vilarejos de Aleppo, que é controlada pelo governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad.
Mohamed Hussein, combatente do Hayat Tahrir al-Sham, afirmou que o ataque foi um sucesso. “A operação começou há três dias e graças a Deus libertamos toda a zona rural ocidental (de Aleppo) pelas mãos dos Mujahideen (combatentes)”.
Em resposta, o Exército da Síria disse que continua respondendo ao ataque.
Entenda o conflito na Síria
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.