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    Ataques de drones russos contra Ucrânia ferem oito pessoas e danificam prédios

    Segundo a força aérea ucraniana, 88 dos 132 drones lançados foram derrubados

    Ron Popeskida Reuters

    Ataques de drones russos na Ucrânia feriram pelo menos oito pessoas e danificaram prédios residenciais na capital Kiev e na região sul de Odessa durante a noite de quinta-feira (28), relataram autoridades nesta sexta-feira (29).

    A força aérea da Ucrânia afirmou, em um comunicado, que derrubou 88, dos 132 drones lançados contra o país durante a noite.

    Enquanto 41 foram “perdidos” e um retornou ao território russo.

    O ataque de drones na região sul de Odessa danificou 13 prédios residenciais e feriu sete pessoas, afirmou a polícia nacional em um comunicado.

    Fragmentos de dispositivos russos abatidos atingiram prédios em dois distritos de Kiev e feriram uma pessoa na noite de quinta, disseram autoridades.

    Os serviços de emergência, em uma publicação no aplicativo de mensagens Telegram, mostraram fotos de escombros espalhados dentro e fora de uma clínica pediátrica no distrito de Dniprovskyi, em Kiev, na margem leste do Rio Dnipro.

    Um segurança da unidade foi levado ao hospital. Prédios próximos também sofreram danos.

    O prefeito Vitali Klitschko, comunicou que fragmentos de drone atingiram um local de infraestrutura no distrito de Sviatoshynskyi, na margem oeste do rio.

    O governador regional de Kiev, Ruslan Kravchenko, relatou danos menores a uma residência privada e outro prédio, sem nenhuma vítima.

    A Rússia intensificou os ataques noturnos de drones em cidades ucranianas enquanto continua avançando pela linha de frente oriental, obtendo alguns de seus maiores ganhos territoriais mensais desde 2022.

    Um número recorde de 188 drones foi lançado contra o país na terça-feira (26) antes de encenar um ataque em larga escala à rede elétrica da Ucrânia na madrugada de quinta-feira (28).

    Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia

    A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.

    A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

    Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

    As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

    O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

    A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

    O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. 

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