“Trabalho muito bem feito”, diz Lewandowski sobre relatório da PF que indiciou Bolsonaro e mais 36
Segundo o ministro da Justiça, documento sobre tentativa de golpe é "consistente" e tem "indícios bem colhidos"
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, elogiou o relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, “foi um trabalho muito bem feito”.
De acordo com Lewandowski, o documento é muito “consistente” e tem “indícios bem colhidos”. O ministro também disse que o relatório reúne fatos e busca conferir um “cunho probatório” às evidências apresentadas.
A declaração foi feita nesta nesta quarta-feira (27), no Palácio da Justiça, sede do ministério, em Brasília.
“Consistente”
Na terça-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra de sigilo do inquérito que investiga um plano golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.
“É um relatório muito consistente. Tem mais de 800 páginas, com indícios bem colhidos. O que eu posso dizer é que, do ponto de vista técnico, foi um trabalho extremamente bem feito”, afirmou Lewandowski.
No documento, a PF pede o indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
Análise da PGR
Moraes encaminhou o documento para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que irá avaliar se denuncia ou não os indiciados.
Ao ser questionado se no relatório há indícios suficientes para culpar Bolsonaro, o ministro respondeu que essa decisão cabe ao Ministério Público.
“A conclusão de tudo que está no inquérito não depende mais da Polícia Federal e muito menos do Ministério da Justiça. Quem vai emitir uma opinião sobre esse conjunto é a Procuradoria-Geral da República”, disse.
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