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    Israel diz ter “eliminado” agentes do Hezbollah no Líbano no dia do cessar-fogo

    Porta-voz dos militares argumentou que presença de pessoas armadas em região constitui uma violação do acordo

    Lauren Izsoda CNN

    Israel declarou ter matado agentes do Hezbollah no sul do Líbano nesta quarta-feira (27), apesar de o cessar-fogo entre as forças de Israel e o grupo ter entrado em vigor.

    As Forças de Defesa de Israel (FDI) estavam reforçando a aplicação do acordo e identificaram e detiveram suspeitos que se aproximavam de áreas restritas, segundo o porta-voz Daniel Hagari.

    “A presença de agentes armados na região constitui uma violação [do acordo], e qualquer agente armado será neutralizado ou detido”, comunicou.

    Os militares israelenses prenderam suspeitos na vila de Tir Harfah e os interrogaram, continuou Hagari.

    “Moradores do Líbano, como vocês viram durante a guerra, nós fazemos o que dizemos. Para a sua proteção, pedimos que não se aproximem da área onde nossas forças estão posicionadas”, ressaltou.

    “O acordo de cessar-fogo está estruturado para ser gradual e iremos atualizar vocês quando o retorno à área for seguro”, concluiu o porta-voz.

    Entenda os conflitos no Oriente Médio

    No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.

    A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.

    Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.

    A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.

    Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

    Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

    Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

    Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

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