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    Hamas diz “apreciar” cessar-fogo entre Israel e Hezbollah

    Grupo afirma esperar o mesmo para acabar com a guerra na Faixa de Gaza

    Nidal al-Mughrabida Reuters

    O oficial do Hamas, Sami Abu Zuhri, declarou nesta quarta-feira (27) que o grupo “aprecia” o direito do Hezbollah e do governo libanês de chegar a um acordo que proteja seu povo, e espera o mesmo para acabar com a guerra em Gaza.

    Um cessar-fogo entre Israel e o grupo libanês Hezbollah entrou em vigor às 04h (horário local) desta quarta-feira, após ambos os lados aceitarem uma trégua intermediada pelos Estados Unidos e França, uma rara vitória para a diplomacia em uma região traumatizada por duas guerras por mais de um ano.

    “O Hamas aprecia o direito do Líbano e do Hezbollah de chegar a um acordo que proteja o povo do Líbano e esperamos que isso abra caminho para chegarmos a uma proposta que acabe com a guerra genocida contra nosso povo em Gaza”, expressou Abu Zuhri à Reuters.

    Sem um acordo semelhante na Faixa de Gaza, onde o Hamas luta contra as forças israelenses, muitos moradores disseram que se sentiram abandonados.

    Meses de tentativas de negociar um cessar-fogo renderam pouco progresso e os esforços estão em espera.

    Enquanto o mediador do Qatar diz que comunicou às duas partes em guerra que suspenderia seus esforços até que os lados estivessem preparados para fazer concessões.

    Abu Zuhri atribuiu ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o fracasso de decretar uma trégua que acabaria com a guerra de Gaza.

    “O Hamas demonstrou alta flexibilidade para chegar a um acordo, continua comprometido com essa posição e está interessado em uma proposta que acabe com o conflito no território palestino”, afirmou a autoridade.

    Para Zuhri, o problema é Netanyahu, que, segundo ele, “sempre escapou de chegar a um acordo”. O oficial também diz que o líder de Israel acusa o Hamas de “frustrar os esforços para uma trégua”.

    O Hamas quer uma resolução que acabe com os conflitos em Gaza e veja a libertação de reféns israelenses e estrangeiros, bem como a de palestinos presos por Israel, enquanto Netanyahu alega que a guerra só pode acabar após o Hamas ser erradicado.

    Na Cisjordânia ocupada por forças israelenses, o alto funcionário da Autoridade Palestina, Hussein Al-Sheikh, saudou o acordo no Líbano.

    “Recebemos com satisfação a decisão de cessar-fogo no Líbano e pedimos à comunidade internacional que pressione Israel a parar sua guerra criminosa na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Também queremos o fim de todas as escaladas contra o povo palestino”, postou Sheikh, um confidente do presidente Mahmoud Abbas, no X.

    O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na terça-feira (26) que seu governo estava pressionando por um cessar-fogo em Gaza.

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