Biden diz que cessar-fogo no Líbano aproxima perspectiva de paz no Oriente Médio
Gabinete de Segurança de Israel aprovou nesta terça-feira (26) um acordo de cessar-fogo com o grupo libanês Hezbollah no Líbano; negociação foi mediada pelos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou que o fato de Israel e o grupo Hezbollah terem aceitado uma proposta de cessar-fogo no Líbano “aproxima a concretização da agenda afirmativa” da Presidência dele, que prevê que o Oriente Médio esteja “em paz e próspero, e integrado através das fronteiras”.
“Um futuro onde os palestinos tenham um Estado próprio, que cumpra as aspirações legítimas do povo e que não ameace Israel ou abrigue grupos terroristas apoiados pelo Irã. Um futuro onde israelenses e palestinos tenham medidas iguais de segurança, prosperidade e dignidade”, destacou Biden durante discurso nesta terça-feira (26).
O presidente pontuou que os EUA ajudarão a liderar outro esforço para tentar garantir um cessar-fogo e um acordo de reféns em Gaza.
“Assim como o povo libanês, o povo de Gaza merece um futuro de segurança e prosperidade e o fim dos combates e de deslocamentos”, acrescentou Biden no Rose Garden, onde ele acusou o Hamas de não negociar “com vontade”.
Quando questionado pela CNN se esperava por um cessar-fogo em Gaza antes de deixar o cargo, Biden respondeu que sim, mas não deu detalhes sobre o assunto.
O Gabinete de Segurança de Israel aprovou nesta terça-feira (26) um acordo de cessar-fogo com o grupo libanês Hezbollah. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que está pronto para implementá-lo e que “responderia vigorosamente a qualquer violação”. Netanyahu elencou três motivos para o cessar-fogo com o Hezbollah.
A negociação foi mediada pelos Estados Unidos, que enviou um representante a Israel e ao Líbano. Joe Biden anunciou nesta terça (26) que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah será implementado a partir das 23h, no horário de Brasília (4h no horário local). A trégua deve durar 60 dias.
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Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e portanto, inimigos de Israel.
Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.
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