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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    França ainda tentará barrar acordo Mercosul-UE, avaliam fontes do governo

    Posição do país europeu não deve mudar apesar de retratação do Carrefour com polêmica com carne brasileira

    O governo avalia que a despeito da retratação do CEO do Carrefour, a França continuará a tentar obstruir o fechamento do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

    A avaliação é a de que os franceses deverão agora atuar para angariar apoio dentro da União Europeia de países que enfrentam pressão de agricultores contra o acordo, como a Polônia e a Irlanda.

    Se o acordo for anunciado na semana que vem na Cúpula do Mercosul em Montevidéu, como espera o governo, restará a França tentar obter uma maioria de 55% dos 27 países da União Europeia que representem 65% da população para barrar o acordo.

    Na segunda-feira (25), técnicos brasileiros relataram a CNN preocupação com a possibilidade de uma escalada na tensão diplomática entre Brasil e França e na eventual contaminação da posição francesa sobre o agro brasileira em outros países da União Europeia.

    Com a informação da retratação, a preocupação diminuiu na manhã desta terça-feira (26) e há otimismo quanto ao fechamento do acordo. A leitura geral no Itamaraty é de que o fechamento do acordo passou a ser importante para os europeus em um momento em que há imprevisibilidade com a gestão de Donald Trump nos Estados Unidos a partir de janeiro e o avanço do bloco asiático liderado pela China no comércio com países em desenvolvimento ocidentais.

    Nesta semana, como informou o diretor de Brasília da CNN, Daniel Ritnner, os negociadores da União Europeia e do Mercosul se reúnem no Itamaraty para tentar fechar os detalhes finais do acordo.

    Há duas frentes de negociação. A primeira trata das exigências ambientais dos europeus que o sul-americanos pretendem dar um conteúdo mais equilibrado e que sejam valorizados os mecanismos de verificação e monitoramento nacionais sobre desmatamento. E outro bloco referente a exigências dos sul-americanos sobre apoio a política industrial e a regras de compras governamentais.

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