Caso Carrefour: associações repercutem pedido de desculpas de CEO; veja
Alexandre Bompard enviou uma carta de desculpas ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro
As associações ligadas ao setor do agronegócio têm recebido com bons olhos a retratação do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, publicada nesta terça-feira (26).
“Sabemos que a agricultura brasileira fornece carne de alta qualidade, respeito às normas e sabor. Se a comunicação do Carrefour França gerou confusão e pode ter sido interpretada como questionamento de nossa parceria com a agricultura brasileira e como uma crítica a ela, pedimos desculpa”, diz trecho do documento divulgado pelo CEO.
Na semana passada, o executivo da rede de supermercados disse que a rede iria deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul. Em retaliação, a fala gerou um boicote por parte do setor produtivo brasileiro contra a companhia francesa.
O Mapa informou que recebeu a carta assinada por Bompard pedindo desculpas pelas afirmações da última quarta-feira (20).
“Informamos que recebemos formalmente uma carta assinada pelo diretor-presidente do Grupo Carrefour esclarecendo sua declaração em apoio aos agricultores franceses e reconhecendo a alta qualidade, o respeito às normas e o sabor da carne brasileira.”
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, disse à CNN que a situação com o Carrefour está apaziguada após o CEO global da rede francesa escrever uma carta se retratando ao agronegócio brasileiro.
“Claro que houve uma agressão, uma agressão gratuita contra a imagem do Brasil. Essa foi uma fala infeliz e que é baseada em um protecionismo arcaico e retrógrado dos produtores franceses”, disse.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) afirma que a declaração é positiva e confirma a qualidade do produto agrícola brasileiro.
“A agroindústria no Brasil recebe com satisfação o pedido de desculpas e o reconhecimento da excelência do produto e do produtor brasileiro por parte do CEO Global do Carrefour. Esperamos que, com isso, as operações da rede francesa sejam restabelecidas”, diz em nota.
Procurada pela CNN, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrifrigo) não quis se manifestar.
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