Europa vai intensificar apoio militar à Ucrânia, diz ministro de Defesa alemão
Os principais cinco países europeus buscam maneiras de manter ajuda à Kiev, caso os EUA. os maiores doadores até agora, reduzam o envio de apoio
Os europeus vão intensificar o apoio militar à Ucrânia, prometeu o ministro da Defesa da Alemanha na segunda-feira (25), após conversas com seus colegas britânico, francês, italiano e polonês sobre como fortalecer os esforços de defesa, a medida que Donald Trump se prepara para retornar à Casa Branca.
“Nosso objetivo deve ser permitir que a Ucrânia atue a partir de uma posição de força”, disse Boris Pistorius a jornalistas em Berlim, após presidir uma reunião do grupo dos cinco países líderes em defesa na Europa.
A eleição de Trump aumentou a pressão sobre a Europa para intensificar seu papel no fornecimento de armamentos a Kiev, caso Washington, o maior doador até agora, reduza sua ajuda.
Horas após a vitória de Trump, em 6 de novembro, Pistorius e o ministro da Defesa da França, Sebastien Lecornu, haviam concordado em convocar uma reunião com seus colegas.
Falando a jornalistas em Berlim, o ministro da Defesa da Polônia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, repetiu o compromisso de Pistorius de mais ajuda para Kiev.
“A Europa deve coordenar mais seus esforços, deve harmonizar suas ações, deve visar mais alto, para também ser um bom parceiro para os Estados Unidos”, disse ele.
“Hoje, somos obrigados a dizer claramente – a Europa deve aumentar seus esforços no que diz respeito a ajudar a Ucrânia, mas, acima de tudo… no que diz respeito à sua própria segurança. Sem mais gastos, sem conscientização em cada sociedade europeia sobre os tempos em que estamos vivendo, tudo é nada.”
Enquanto isso, uma missão da Otan localizada em Wiesbaden assumirá a coordenação da ajuda militar ocidental para a Ucrânia em janeiro, disse Pistorius, uma medida que já era esperada meses antes.
O estabelecimento da nova missão, chamada de Assistência e Treinamento de Segurança da Otan para a Ucrânia, é amplamente vista como um esforço para proteger o mecanismo de ajuda contra qualquer interferência de novo governo americano.