Casa Branca diz que acordo de cessar-fogo para guerra no Líbano está próximo
Gabinete de Israel deve votar proposta nesta terça-feira (26), segundo porta-voz de Benjamin Netanyahu
As discussões que o governo dos Estados Unidos teve sobre o cessar-fogo no Líbano foram positivas e estão indo na direção certa para um acordo, disse a Casa Branca nesta segunda-feira (25).
“Estamos perto”, afirmou o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
“As discussões foram construtivas, e acreditamos que a trajetória disso está indo em uma direção muito positiva. Mas, sim, nada está feito até que tudo esteja completo”, adicionou.
Netanyahu aprova acordo “a princípio”, diz fonte
Uma fonte afirmou à CNN que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou “a princípio” o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah durante uma consulta de segurança com autoridades israelenses na noite de domingo (25).
Entretanto, havia ressalva sobre alguns detalhes, que continuam sendo negociados.
Várias fontes enfatizaram que o acordo não será final até que todas as questões sejam resolvidas.
O porta-voz do premiê afirmou à CNN que o gabinete de Israel votará o acordo nesta terça-feira (26), destacando que ele deve ser aprovado.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.
No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.
*com informações da Reuters
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