Netanyahu aprova “a princípio” acordo de cessar-fogo no Líbano, diz fonte
Israel tem ressalvas sobre detalhes da proposta, que devem ser transmitidas ao governo libanês nesta segunda-feira (25)
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aprovou “a princípio” o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah durante uma consulta de segurança com autoridades israelenses na noite de domingo (25), afirmou uma fonte familiarizada com o assunto.
Israel ainda tem ressalvas sobre alguns detalhes da proposta, que devem ser transmitidas ao governo libanês nesta segunda-feira (25), disse a fonte.
Esses e outros detalhes continuam sendo negociados e várias fontes enfatizaram que o acordo não será final até que todas as questões sejam resolvidas.
Um acordo de cessar-fogo também precisará ser aprovado pelo gabinete israelense, o que ainda não ocorreu.
Fontes familiarizadas com as negociações relataram que as negociações parecem estar caminhando positivamente em direção a um acordo, mas reconheceram que, enquanto Israel e o Hezbollah continuarem trocando tiros, um passo em falso pode atrapalhar as negociações.
O enviado dos Estados Unidos, Amos Hochstein, declarou na semana passada que um acordo de cessar-fogo entre israelenses e libaneses estava “ao nosso alcance”, mas acrescentou que era, em última análise, “uma decisão das partes”.
Hochstein se encontrou com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, e o presidente do parlamento, Nabih Berri, o interlocutor do Hezbollah nas negociações, na semana passada.
Segundo ele, houve discussões “construtivas” e “muito boas para diminuir as lacunas”.
“Temos uma oportunidade real de pôr fim ao conflito”, acrescentou. “A janela é agora.” Ele partiu do Líbano para Israel na quarta-feira (20) para tentar levar as negociações “a um fim”.
No domingo, o analista da CNN e repórter da Axios, Barak Ravid, citou uma fonte dizendo que Hochstein havia dito ao embaixador israelense, em Washington, no sábado (23), que se Israel não respondesse positivamente nos próximos dias à proposta de cessar-fogo, ele se retiraria dos esforços de mediação.
A viagem de Hochstein teve como resultado Beirute respondendo “positivamente” a uma proposta apoiada pelos EUA para parar a guerra, disse Mikati na semana passada, acrescentando que grande parte do rascunho do acordo foi resolvida.
Israel lançou uma grande ofensiva militar no Líbano em meados de setembro, após meses de ataques de retaliação na fronteira que começaram em 8 de outubro do ano passado, quando o Hezbollah atacou o território controlado por Israel em solidariedade ao Hamas e aos palestinos em Gaza.
Desde então, Israel lançou uma invasão terrestre, matou uma série de líderes do Hezbollah — incluindo um de seus fundadores, Hassan Nasrallah — e feriu milhares de pessoas em um ataque com pagers explosivos.