Putin afirma que novo míssil hipersônico será produzido e terá testes em combate
Arma balística Oreshnik pode atingir maioria da Europa e costa-oeste dos EUA
A nova arma balística russa Oreshnik ultrapassa em dez vezes a velocidade do som e não pode ser interceptado por outros armamentos. O projétil tem um alcance de cerca de cinco mil quilômetros.
Isso permite que a Rússia ataque a maioria da Europa e a costa-oeste dos Estados Unidos, segundo informações do exército do país.
Em uma reunião com o ministro da Defesa e industriais de guerra, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que os mecanismos para a produção em série do míssil já estão estabelecidos. Putin avisou que a decisão sobre a fabricação desse armamento já foi tomada.
“Vou enfatizar mais uma vez: continuaremos testando o sistema [de mísseis] mais recente.”, afirmou Putin.
Em resposta, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, afirmou que está realizando reuniões com aliados para construir uma defesa e frear o novo armamento.
O Kremlin utilizou o foguete contra o território da Ucrânia na última quinta-feira (21). O Oreshnik atingiu uma base militar na cidade de Dnipro – a quarta maior do país – a trezentos quilômetros de Kiev.
Ele saiu da província russa de Astracã e viajou cerca de 700 quilômetros em 15 minutos. A velocidade do artefato ultrapassou os 13 mil quilômetros por hora.
Ao mesmo tempo, a Rússia também aumentou o efetivo de tropas em algumas regiões estratégicas do combate.
Uma fonte no setor de segurança de Kiev disse que militares norte-coreanos chegaram a cidade de Mariupol, ocupada pela Rússia desde 2022.
A parceria entre Vladimir Putin e Kim Jong-un se intensificou nos últimos meses. A ditadura da dinastia Kim já havia enviado cerca de 11 mil soldados para Kursk, onde Kiev lançou uma forte contra-ofensiva perante o exército russo.
Além de Kursk e Mariupol, soldados da Coreia do Norte também foram vistos ao leste de Kharkiv, local parcialmente ocupado por forças russas.
Além da troca de forças, moscou entregou mísseis anti-aéreos à ditadura norte-coreana, segundo um oficial da Coreia do Sul. O apoio também envolve transações financeiras e o envio de outros tipos de equipamentos tecnológicos a Pyongyang.