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    “Um momento sombrio para o Tribunal de Haia”, diz embaixador de Israel no Brasil

    Corte Internacional expediu ordem de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

    Gustavo Uribeda CNN

    O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, reagiu à expedição pela Corte de Haia de uma ordem de prisão ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

    Em conversa com a CNN, o representante diplomático afirmou que o Tribunal Penal Internacional (TPI) passa por um “momento sombrio” e que “perdeu toda a legitimidade”.

    “Esse tribunal emitiu mandados absurdos e não autorizados contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, apesar de Israel nem ser membro do tribunal”, afirmou.

    Para o embaixador, os mandados de prisão são “um ataque ao direito de Israel de se proteger”, o que estimula atuações violentas.

    “Nações decentes e todas as pessoas morais do mundo devem rejeitar inequivocamente essa injustiça. Cada ato absurdo como esse é mais um revés na luta de Israel para trazer de volta os 101 reféns que ainda estão detidos na Faixa de Gaza”, afirmou.

    Em um comunicado divulgado nesta semana, o tribunal sediado em Haia, na Holanda, disse ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu tem responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo “fome como método de guerra” e “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.

    Israel, assim como os Estados Unidos, não é membro do TPI. A Autoridade Palestina, no entanto, é signatária do Estatuto de Roma que estabeleceu o TPI e se juntou como o Estado da Palestina.

    O tribunal também emitiu um mandado para o oficial do Hamas Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, também conhecido como Mohammed Deif, que Israel diz ter sido um dos mentores do ataque de 7 de outubro. Israel disse que o matou em um ataque aéreo em setembro, mas o Hamas não confirmou sua morte.

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