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    Azerbaijão pede que países cheguem a um acordo na reta final da COP29

    Governos precisam concordar com plano de financiamento para combate ao aquecimento global

    Valerie VolcoviciNailia Bagirovada Reuters

    O Azerbaijão, anfitrião da COP29, pediu aos países participantes que superem suas diferenças e cheguem a um acordo financeiro nesta sexta-feira (22), quando as negociações da conferência de duas semanas entraram na reta final.

    Os governos mundiais representados na reunião na cidade de Baku têm a tarefa de concordar com um plano abrangente que fará com que as nações ricas se comprometam a doar centenas de bilhões de dólares para ajudar os países mais pobres a lidar com os impactos cada vez piores do aquecimento global.

    Economistas disseram que os países em desenvolvimento precisam de pelo menos US$ 1 trilhão anualmente até o final da década, mas as nações ricas têm resistido até agora. As negociações também foram ofuscadas pela incerteza sobre o papel dos Estados Unidos, o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, antes do retorno do presidente eleito Donald Trump, à Casa Branca.

    “Nós encorajamos as partes a continuarem a colaborar dentro e entre os grupos com o objetivo de propor propostas de transição que nos ajudarão a finalizar nosso trabalho aqui em Baku”, disse a presidência da COP29 em uma nota aos delegados na manhã de sexta-feira.

    Foi dito que um novo rascunho de acordo seria divulgado ao meio-dia em Baku, na esperança de um acordo até o final do dia.

    As COPs anteriores se estenderam por mais tempo do que o previsto.

     

    A divisão e o descontentamento em relação às negociações já vieram à tona depois que um novo rascunho de acordo foi divulgado pela presidência na quinta-feira (21), oferecendo duas opções muito diferentes que não deixaram ninguém satisfeito.

    Embora o documento de 10 páginas tenha sido reduzido para menos da metade do tamanho das versões anteriores emitidas na cúpula, ele evitou declarar o total de fundos que os países pretendem investir a cada ano, deixando o espaço marcado com um “X”.

    Também refletiu grandes divisões sobre questões como se os fundos deveriam ser oferecidos como subsídios ou empréstimos, e até que ponto diferentes tipos de financiamento não público deveriam ser contabilizados para a meta anual final.

    “Espero que eles encontrem o ponto ideal com esta próxima iteração”, disse Li Shuo, diretor do China Climate Hub na Asia Society, um observador veterano das cúpulas da COP. “Qualquer coisa diferente disso pode exigir o reagendamento de voos.”

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, retornou a Baku de uma reunião do G20 no Brasil na quinta-feira (21), pedindo um grande esforço para chegar a um acordo e alertando que “o fracasso não é uma opção”.

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