Putin diz ter direito de atacar alvos de países cujas armas são usadas contra a Rússia
Presidente confirmou que Rússia lançou ataque com mísseis balísticos de médio alcance contra uma instalação militar da Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (21) que seu país tem o direito de atacar instalações militares de países que permitem que as suas respectivas armas sejam usadas contra a Rússia.
Putin afirmou que as Forças Armadas da Ucrânia atacaram alvos na região de Bryansk com seis mísseis de longo alcance fabricados pelos Estados Unidos na terça-feira (19), também tendo lançado mísseis britânicos na região de Kursk.
“A partir disso, como enfatizamos repetidamente antes, o conflito na Ucrânia assumiu elementos de natureza global. É impossível usar tais armas sem o envolvimento direto de especialistas militares dos países que as produzem”, declarou.
“Nós nos consideramos no direito de usar nossas armas contra as instalações militares dos países que permitem que as suas armas sejam usadas contra nossas instalações e, no caso de uma escalada de ações agressivas, responderemos no mesmo nível”, acrescentou.
Putin também afirmou que os sistemas de Defesa Aérea russos repeliram ambos os ataques e “não houve vítimas ou danos significativos”.
Resposta dos EUA
Os Estados Unidos “já viram este tipo de retórica perigosa e imprudente do presidente Putin”, pontuou a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh, em uma coletiva de imprensa.
“Nosso foco é continuar apoiando a Ucrânia com o que o país precisar” contra a Rússia, adicionou.
Ataque com mísseis de médio alcance
Mais cedo nesta quinta, Vladimir Putin confirmou, em um discurso televisionado, que a Rússia lançou um ataque com mísseis balísticos de médio alcance contra uma instalação militar da Ucrânia em resposta à recente ofensiva ucraniana com mísseis ocidentais.
De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à mídia estatal russa, o país alertou os Estados Unidos antes do lançamento.
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